METODOLOGIA E CALENDARIZAÇÃO
Com o início de cada ano letivo, inicia também a atividade do projeto Medicina Mais Perto: Moçambique. Esta encontra-se calendarizada em diversos momentos, essenciais ao seu funcionamento, enumerados resumidamente de seguida:
OUTUBRO E INÍCIO DE NOVEMBRO DE 2023
Constituição da nova Comissão Organizadora;
Elaboração do Regulamento do Projeto de 2023/2024;
Definição da metodologia de seleção;
Planeamento de formações e teambuildings (temas, datas e objetivos);
Agradecimentos aos patrocinadores da 12ª edição do projeto;
Análise dos indicadores de impacto do trabalho campo da edição passada;
Início da divulgação do projeto na sua página do facebook, instagram e no site, página do facebook e do instagram da AEFML;
Atualização dos documentos do projeto;
Divulgação do projeto aos estudantes da FMUL;
Primeira fase de seleção - Sessão de Esclarecimentos aos potenciais candidatos.
Novembro e Dezembro DE 2023
Início do fundraising empresarial;
Segunda fase de seleção - Preenchimento do questionário motivacional e redação da carta de motivação;
Terceira fase de seleção - Entrevistas Individuais e Dinâmicas de Grupo e/ou outros métodos que se considerem relevantes;
Quarta fase de seleção - Módulo A.
JANEIRO A FEVEREIRO DE 2024
Quarta fase de seleção - Módulo A;
Continuação do processo de fundraising.
FEVEREIRO A ABRIL DE 2024
Continuação da quarta fase de seleção - Módulo A;
Continuação do processo de fundraising, com o apoio dos candidatos;
Dinamização da divulgação do projeto (eventos solidários e comunicação social);
Início da última fase de seleção - Módulo B.
ETAPA V – ABRIL A JUlHO DE 2024
Continuação do módulo B;
Continuação do processo de fundraising, com envolvimento ativo dos candidatos;
Divisão dos voluntários selecionados em duas equipas;
Preparação do trabalho de campo.
ETAPA VI – JULHO A SETEMBRO DE 2024
Concretização do trabalho de campo.
ETAPA VII – SETEMBRO A OUTUBRO DE 2024
Avaliação do Trabalho de Campo com medição de impacto;
Elaboração do relatório da atividade.
SELEÇÃO
Fase I (novembro):
Para participação no projeto, as potenciais pessoas candidatas terão de, após a inscrição, comparecer obrigatoriamente à Sessão de Esclarecimentos, salvo apresentação de justificação considerada válida pela CO. Esta fase é ilimitada, podendo se inscrever qualquer estudante do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) e da Licenciatura em Ciências da Nutrição (LCN) da FMUL.
Fase II (novembro):
Nesta etapa da candidatura, a avaliação é realizada através de:
Redação de uma carta motivacional, que deve ser escrita de acordo com as normas mencionadas no Regulamento do projeto. Esta carta será classificada pela CO de forma quantitativa e de acordo com os parâmetros de avaliação também citados no Regulamento, preservando o anonimato. A identificação da carta será feita através de código. O código será atribuído à pessoa inscrita aquando do preenchimento do questionário de motivação. Assim, a mesma pessoa terá o mesmo código atribuído em ambos os elementos de avaliação.
Preenchimento de um questionário de motivação, baseado num questionário criado por entidades competentes na área da Psicologia (colaboradores da FPIE-UL) e classificado quantitativamente de forma anónima pela CO. O preenchimento do questionário será realizado presencialmente, num espaço da faculdade a designar, na semana seguinte à sessão de esclarecimentos;
Nesta fase, as pessoas inscritas receberão uma determinada pontuação consoante o ano curricular em que se encontram matriculadas no presente ano letivo:
1º ano MIM - 5 pontos;
2º ano MIM - 6 pontos;
3º ano MIM - 7 pontos;
4º ano MIM - 8 pontos;
5º ano MIM - 9 pontos;
6º ano MIM - 10 pontos;
1º ano LCN - 5 pontos;
2º ano LCN - 6 pontos;
3º ano LCN - 8 pontos;
4º ano LCN - 9 pontos;
Mestrados, doutoramentos e pós-graduações de curso prévio na área da saúde - 10 pontos;
Mestrados, doutoramentos e pós-graduações de curso prévio fora da área da saúde- 5 pontos.
A carta e questionário motivacionais e a atribuição de pontos por ano curricular permitirão seriar as pessoas inscritas no MMP: Mz de acordo com a pontuação obtida, fazendo um somatório da pontuação de cada parcela:
Carta motivacional - até 50 pontos;
Questionário Motivacional - até 40 pontos;
Ano curricular - até 10 pontos;
Total de pontos (pontuação máxima) - 100 pontos.
Idealmente, as trinta e cinco melhores classificações passam à fase seguinte, em que pelo menos 60% são do sexo feminino e 30% do sexo masculino;
No final desta fase, serão divulgados os resultados por email a todas as pessoas inscritas.
Fase III (novembro - dezembro):
As pessoas candidatas selecionadas na Fase II serão sujeitas a uma dinâmica de grupo, entrevista individual e/ou outros métodos que se considerem relevantes. Os parâmetros de avaliação da entrevista serão definidos posteriormente, após revisão por parte da equipa de psicologia (caso seja estabelecida uma parceria com a mesma), sendo divulgados subsequentemente às pessoas inscritas.
Esta fase tem como objetivo avaliar as pessoas candidatas no que concerne a competências de grupo, particularmente a capacidade de resolução de problemas e conflitos semelhantes aos que se apresentam no decorrer do trabalho de campo, assim como conhecer melhor as suas motivações e o seu perfil.
Fase IV (dezembro - abril):
Esta fase será constituída pelas vinte e duas pessoas candidatas selecionadas na Fase III do projeto. As vinte e duas pessoas candidatas selecionadas deverão comparecer às formações e momentos de construção de equipa do módulo formativo coincidente com esta fase de seleção. Por construção de equipa entende-se momentos designados para a reflexão individual, interação e cooperação entre pessoas voluntárias e crescimento pessoal, indispensáveis à seleção das pessoas participantes e à dinâmica própria do projeto.
A presença e participação ativa das pessoas candidatas nas formações e momentos de construção de equipa será valorizada.
Esta fase contempla, também, a possibilidade de desenvolvimento de dinâmicas de intervenção na comunidade, de valor acrescido para a formação humana das pessoas candidatas.
No final desta fase, será entregue um relatório a cada elemento voluntário da fase IV, independentemente de transitar ou não para a fase seguinte.
Fase V (abril):
Esta última fase de seleção permitirá selecionar as pessoas candidatas que irão integrar as equipas de trabalho de campo em Moçambique.
Para a seleção das pessoas voluntárias será ponderada a sua prestação, tendo em conta o perfil da pessoa voluntária contemplado no Regulamento, em diversos momentos, desde o início do processo de seleção, nomeadamente dinâmica de grupo, entrevista e/ou outros métodos que se considerem relevantes, formações, momentos de construção de equipa e participação nas dinâmicas de intervenção na comunidade, a par da valorização do seu espírito de entrega e compromisso para com o MMP: Mz. A decisão de escolha das pessoas voluntárias para o trabalho de campo poderá ser auxiliada por um parecer da equipa de psicologia.
As pessoas candidatas selecionadas comprometem-se a participar nas formações e momentos de construção de equipa do último módulo, bem como no trabalho de campo.
A equipa deverá, idealmente, ser composta por, pelo menos, um elemento do sexo masculino e três do sexo feminino, tendo em consideração as especificidades culturais e logísticas do projeto.
FORMAÇÃO
São objetivos gerais das formações e momentos de construção de equipas:
Fomentar a criação de uma equipa coesa e equilibrada;
Dotar as pessoas voluntárias de competências técnicas e sociais para que ocorra uma boa adaptação ao terreno de ação e, consequentemente, para que o projeto se concretize da melhor forma possível;
Promover a formação das pessoas voluntárias no âmbito da saúde, nomeadamente no que concerne às patologias mais frequentemente encontradas no terreno e os procedimentos mais comumente realizados;
Promover o pensamento crítico face ao voluntariado e encorajar a participação em ações de voluntariado;
Incentivar as pessoas voluntárias para que se tornem cidadãos ativos e intervenientes na comunidade.
São objetivos específicos de cada um dos módulos de formação e momentos de construção de equipas:
MÓDULO A
12h30 Formativas + 2 Team Building + Prática em Portugal
Estabelecimento das primeiras relações em contexto do projeto, através da promoção da comunicação/interação entre voluntários e CO;
Reconhecimento das expectativas e motivações dos voluntários em relação ao projeto, assim como a evoluçãodas mesmas ao longo do tempo;
Estimular a obtenção de competências pessoais e interpessoais através de dinâmicas de grupo;
Conhecimento, discussão e consciencialização dos vários domínios de intervenção do voluntariado;
Sensibilizar para a importância do trabalho em equipa especialmente na prática de voluntariado, munindo os voluntários de competências na área de gestão de conflitos;
Fomentar o espírito crítico e a compreensão da influência de vários fatores em contextos de maior necessidade;
Aquisição de conhecimentos transversais a qualquer apoio médico social (comunicação, ensino, direitos humanos, saúde, saúde sexual, saúde mental);
Procurar desenvolver um papel ativo na divulgação do projeto assim como o envolvimento dos voluntários na procura de fundos e patrocínios que promovam a sustentabilidade do mesmo;
Estimular e capacitar para o voluntariado formativo em Portugal com a participação numa formação.
MÓDULO B
12h30 Formativas + 1 Team Building + Prática em Portugal
Iniciar a aquisição de conhecimento mais detalhado e focado para área de intervenção do projeto em causa, particularmente no que diz respeito ao contexto cultural, às condições logísticas e ao público alvo;
Desenvolvimento de técnicas de comunicação/persuasão assim como aquisição e treino de competências técnicas na área da saúde necessárias à concretização do trabalho de campo;
Fomentar o desenvolvimento de capacidades no que toca à gestão de conflitos, stress e possíveis adversidades do trabalho de campo;
Fortalecimento das capacidades de trabalho em equipa;
Esclarecimento de dúvidas dos voluntários e preparação logística para o período de trabalho de campo;
Manter a capacitação para o voluntariado formativo, essencial para o trabalho de campo, com a participação num
percurso de formações em Portugal.