História da AEFML
1914
Em 30 Setembro de 1914, um grupo de estudantes de Medicina de Lisboa decide fundar uma Associação de Estudantes — um reflexo da nova mentalidade mais participava, ativa e contestatária que se vive entre a juventude Portuguesa da capital.
1920
Nos loucos anos 20 a organização da AEFML é ainda incipiente. Existem frequentes reuniões de estudantes em que já se fala de reforma universitária e de divulgação dos cuidados de saúde, e há já fortes laços entre algumas das associações do ensino superior. Graças à frutuosa colaboração entre as Associações de Estudantes de Medicina e de Direito, organiza-se a primeira conferência portuguesa sobre Eutanásia, em que se discutem as implicações médico-legais desta prática.
Seguindo a melhor tradição das clássicas Récitas Estudantis do virar do século XX, é nesta década que se nasce aquela que viria a ser uma das iniciativas internas mais acarinhadas dos estudantes da FMUL: a Noite da Medicina. A primeira edição da Noite da Medicina de que há registo tem lugar no Teatro Politeama no dia 5 de Fevereiro de 1929, sob a forma de um teatro de revista em coplas intitulado “O Que Arde… Cura!”, levado à cena pelo curso de 1924/1929 e pela então designada “Associação dos Estudantes de Medicina de Lisboa”.
A iniciativa externa da AEFML com mais impacto e importância desta década é a publicação pelos estudantes (liderados pelo então dirigente associativo Henrique Barahona Fernandes) de folhetos de distribuição gratuita para a promoção da saúde, versando os grandes problemas de saúde pública do Portugal do início do século: “Cuidai das Crianças”, “Pela Alimentação e Pela Higiene” e “Contra a Sífilis”.
1930
Nos anos 30 a depressão económica generaliza-se um pouco por todo o mundo. Em Portugal, Salazar equilibra as Finanças mas inicia-se um longo reinado de repressão das liberdades mais elementares. A então jovem AEFML começa a sentir os efeitos das limitações impostas pelo Estado Novo. Esboça-se um verdadeiro mundo subterrâneo da juventude Universitária em que, pese embora o distanciamento hierárquico próprio da época, a articulação entre professores e alunos se revela fundamental.
Um caso marcante passa-se no dia 30 de Abril de 1931 com Egas Moniz, então diretor da FMUL, que se opõe à entrada na Faculdade de forças policiais mandatadas pelo Ministério da Instrução Pública para serenar estudantes “rebeldes” que se manifestam contra medidas deste mesmo ministério. Egas Moniz rapidamente se mobiliza, abrindo as portas das FMUL e incitando aos revoltosos alunos a fuga dos soldados e das suas carabinas em riste. O tumulto é grande, muitos são também os feridos, e Egas Moniz acaba por ser preso no Limoeiro, numa cela destinada aos “delitos políticos”. Claro que à data goza já de enorme prestígio na sociedade, motivo pelo qual é prontamente libertado pelas 16h00, e o episódio rapidamente abafado.
1940
Portugal vive esta década em relativa estabilidade económica, mas fechado no seu “Mundo Português”. As tensões sociais e políticas apenas encontram rival na repressão policial.
As faculdades tornam-se um natural centro de contestação. As reuniões universitárias clandestinas começam a ser cada vez mais frequentes, e em 1946, na sequência de uma dessas reuniões contestatárias, a FMUL é cercada e assaltada pela polícia política. No meio da confusão gerada, o refúgio encontrado é uma aula simulada pelo Professor Luís Hernâni Dias Amado. Quando a polícia entra na sala, a autoridade natural do Professor põe de parte quaisquer dúvidas sobre o que se ali passa: trata-se de facto de uma genuína aula de Histologia. É assim desta forma inusitada que alguns estudantes de Direito têm uma aula extraprograma de Histologia no ano letivo de 1946/1947.
Na sequência deste ambiente repressivo, e em parte devido à sua cooperação com os insurrectos estudantes, vários médicos prestigiados são expulsos da FMUL durante o ano de 1947, entre os quais se contam nomes como Celestino da Costa, Dias Amado, Pulido Valente e Fernando Fonseca.
No entanto, no campo científico esta década é recordada com particular carinho: em 1949 António Egas Moniz recebe o Prémio Nobel da Medicina pela invenção da Leucotomia pré-frontal, na sequência natural dos seus trabalhos em Angiografia Cerebral.
1950
1953 é um ano de emoções contraditórias, de grandes mudanças e de rudes golpes para os estudantes da FMUL. Por um lado é o ano de inauguração das novas instalações, sitas na Quinta da Palma de Cima, projetadas vários anos antes. Contudo, ao invés do prometido “Hospital Escolar de Lisboa” que substituiria o degradado Hospital Escolar de Santa Marta, o projeto é rebatizado à última da hora como “Hospital de Santa Maria”, por sugestão do Cardeal-Patriarca António Gonçalves Cerejeira. Trata-se de uma mudança verdadeiramente efetiva e não apenas simbólica de filosofia da nova instituição, assumindo as valências hospitalares primazia e preponderância sobre as estruturas académicas, e sendo a AEFML e a própria FMUL relegadas para o estatuto de instituições meramente “toleradas”. Esta seria uma situação que levaria décadas a sarar, mais concretamente até à última década do século XX.
No mesmo fatídico ano de 1953 a AEFML experimenta o momento mais difícil da sua longa história: a dissolução legal por decreto do Governo. A então apenas pró-associação entra numa fase de luta pela sua legalização, e de contestação da expulsão sequencial de vários professores, tentando simultaneamente não apenas manter-se ativa, como alargar o seu leque de atividades e de apoio aos estudantes.
1960
É em 1961 que é fundada a Secção Editorial da pró-AEFML por Germano do Carmo, mais tarde ilustre professor catedrático de Infecciologia da FMUL, responsável ainda em 1963 pela contratação daquela que, por 37 anos, viria a ser a funcionária mais famosa da Associação: Antónia Joana Niza Pinto Correia da Fonseca, ou, simplesmente, a “Menina Antónia”. É na editorial que são impressas as sebentas e teses de licenciatura da época, a par por vezes de panfletos subversivos contra o regime, sendo em certas instâncias necessário transportar os copiógrafos para um armazém no longínquo piso 02, nas catacumbas do hospital, ou para a bagageira do carro de um ou outro estudante, evitando assim a confiscação do dispendioso equipamento pela PIDE.
A AEFML ganha nesta década uma dimensão e importância que nunca voltaria a perder, nem mesmo na sua altura mais difícil, em que chega a estar fisicamente encerrada pela polícia política. Este desenvolvimento explica-se pela boa organização dos seus Departamentos (já com as designações que hoje lhes conhecemos, exceptuando-se os departamentos de Imagem e Informação e de Direitos Humanos, Ação Social e Ecologia), pela boa articulação com as Comissões de Curso, e pela participação preponderante na direção da RIA (Reunião Inter-Associações). Referência especial para o Departamento Pedagógico e de Educação Médica, particularmente dedicado à reforma do Sistema Educativo no Ensino Médico, organizando debates sobre a reforma do ensino Médico com a participação de alunos, professores e da Ordem dos Médicos, com influência significativa na criação da Sociedade Portuguesa de Educação Médica (SPEM).
No entanto, todo este empenho demonstrado pelos estudantes de Medicina é colocado em risco, com a tentativa por parte do Governo de entrega do espaço da Associação à Mocidade Portuguesa. O processo é travado mediante uma gigantesca mobilização de todos os estudantes, greve e pressão junto do Conselho Científico no sentido de se enviar uma moção de protesto ao Governo.
Outro dos momentos mais marcantes sucede nos finais dos anos 60, na sequência do grande temporal que afeta Lisboa na noite de 25 de Novembro de 1967. A situação é de tal modo grave e o número de pessoas afetadas tão elevado que ocorre uma autêntica falência do sistema de assistência vigente. Demonstra-se neste momento o verdadeiro caráter dos estudantes universitários, liderados pelos estudantes de Medicina: durante os dias que se sucedem ao temporal a Sala de Alunos funciona como abrigo para receber crianças feridas, onde os estudantes são incansáveis no atendimento e apoio prestados.
1970
A AEFML dos anos 70 é um reflexo da situação vivida em Portugal. Os primeiros anos da década pautam-se pelo agudizar da contestação, chegando-se mesmo em 1972 a manter uma greve às épocas de exames que causa o adiamento do começo efetivo das aulas apenas em Janeiro. A célula da União dos Estudantes Comunistas (UEC) é forte na FMUL, dela fazendo parte João Semedo (atual Bloco de Esquerda), que chega a ser preso 15 dias em Caxias por “ações oposicionistas”. A luta contra a Guerra Colonial é um dos temas fraturantes da época, provocando amiúde confrontos violentos com a polícia de choque. Vários estudantes da FMUL são atingidos a tiro em confrontos ocorridos na Cantina Velha, entre os quais Luís Filipe da Silva Simões e José Manuel Casinhas Henriques Simões, cujo estado é relatado na imprensa como “gravíssimo”. Mais tarde, um outro estudante de Medicina é ferido com 3 tiros na grande escadaria da FMUL.
A existência do espaço da Associação volta a ser colocada em causa em 1973, tendo a polícia política selado a sala da Direção. Massivamente mobilizados em Reunião-geral de Alunos (RGA), os estudantes decidem quebrar os selos, apesar da ameaça iminente de prisões. Pouco tempo depois a Polícia regressa e sela a entrada da Associação com tijolos. É convocada nova RGA em que se decide partir o muro e continuar a utilizar o espaço da Direção. Nesta altura o clima é francamente tenso, com a presença frequente de agentes da Polícia Política nos corredores da FMUL.
Paralelamente à contestação política, a AEFML busca a consolidação da sua estrutura interna e o alargamento do número de atividades. Procura-se encorajar o desenvolvimento da Secção Editorial, do serviço de bares, da livraria e da farmácia. O Departamento Desportivo assume particular relevo com expansão de modalidades como Atletismo e Futebol de Salão, e a fundação do Clube Râguebi de Medicina, dando assim resposta às necessidades do número crescente de estudantes da altura.
A vida Associativa encontra-se polarizada na reforma do ensino, no sentido da democratização da gestão da Escola e de um ensino de cariz mais prático. Assim, é com naturalidade que a FMUL se torna a primeira escola a instituir a gestão democrática, logo após o 25 de Abril de 1974, assistindo-se de imediato a uma forte pressão dos estudantes no sentido da reforma do Curriculum. A situação torna-se no entanto confusa com a sobreposição de questões distintas, entre elas o saneamento de alguns professores, a alteração do sistema de classificações e ainda as passagens administrativas, acabando por não haver resultados palpáveis.
A partir de 1978 a Associação aposta largamente nas manifestações culturais, com o lançamento de espectáculos musicais, de teatro, colóquios e ainda aquilo que viria a transformar-se numa tradição marcante na FMUL: A Semana de Receção ao Caloiro.
No plano interassociativo a AEFML empenha-se na RIA (Reunião Inter-Associações), na Rádio Estudantil (Emissora Nacional) e nas campanhas de alfabetização em várias regiões do país, que envolvem mais de 3000 estudantes de todas as faculdades. Esta década conta ainda com a tentativa inconsequente de constituir a UNEP (União Nacional de Estudantes Portugueses), que apesar de discutida nos ENDA (Encontro Nacional de Dirigentes Associativos) nunca chega a passar de um projeto. Na transição para a década de 80 surge uma nova questão de fundo, particularmente importante para os estudantes de Medicina: o anteprojeto das carreiras médicas e a perspetiva de um internato geral não renumerado. Estes temas constituem importantes fatores de contato e solidariedade entre as várias associações de Medicina do país, que conjugam esforços em reuniões e greves conjuntas para fazer valer o seu ponto de vista.
1980
Os anos 80 começam com a necessidade de reorganização das várias valências centralizadas na AEFML. A exploração de bares e fotocópias é feita diretamente pela própria direção, e a situação económica é instável, com dívidas volumosas em acúmulo permanente. Assim, em 1982 toma-se a decisão de contratar um gestor profissional para a Associação — um conceito pioneiro no movimento associativo português. Lança-se então um programa de rentabilização dos bares, fotocópias, editorial e funcionários, estabilizando os rendimentos e viabilizando o pagamento das dívidas. Uma vez atingida a estabilidade económica, novos investimentos são levados a cabo, com a reparação da Sala de Alunos e das suas casas de banho, e criação da Sala de Estudo (atual secretaria da FMUL) e da videoteca (atual Sala de Direção da AEFML).
Em 1983 é criado o Programa de Intercâmbios Clínicos, e a reboque deste os estudantes de Medicina de todo o país reunem-se e decidem-se pela fundação do PorMSIC (Portuguese Medical Students International Commitee), que mais tarde seria rebatizado de ANEM (Associação Nacional de Estudante de Medicina).
Nesta década começam as primeiras grandes receções universitárias ao caloiro, realizando-se as chamadas Quinzenas Académicas, antes da existência da Semana Académica de Lisboa. É igualmente dada grande preponderância à participação no movimento associativo nacional, com a luta contra o aumento do preço das refeições nas cantinas e pela presença de estudantes nas instituições dos Serviços Sociais, que culmina na greve geral de 24 de Março de 1984, com participação dos alunos da FMUL.
Em Maio de 1985 decorre a I Semana Académica de Lisboa, cuja comissão executiva engloba: ISE, Direito, Farmácia, Agronomia, Técnico, Serviços Sociais, Ciências Médicas e Medicina — pertencendo o secretariado e a coordenação a esta última. A semana é um sucesso e criam-se condições para a formação da AAL (Associação Académica de Lisboa) em 1985, cuja primeira sede e direção funciona na dependência da AEFML.
1990
Depois de uma década de 80 relativamente calma, a contestação estudantil volta a explodir nesta década na sequência da nova Lei de Propinas anunciada por Roberto Carneiro, Ministro da Educação. Pela primeira vez em anos os estudantes arrigimentam-se e saem para as ruas, organizando-se inúmeras manifestações que levariam a um bailado de tomadas de posse e demissões de ministros da educação, entre os quais Diamantino Durão, Couto dos Santos (que assiste de camarote ao espancamento de estudantes a 24 de Novembro frente à Assembleia da República), e Manuela Ferreira Leite.
Em Dezembro de 1991 a AEFML participa na fundação do MEUDH (Movimento Estudantil pelos Direitos Humanos), que organiza diversas iniciativas de apoio ao povo Timorense, então sob forte e mediatizado massacre pelas tropas Indonésias.
No mesmo ano de 1991, os estudantes da FMUL vêm cumprida uma aspiração antiga, com a construção de um piso intermédio na sua amada Sala de Alunos, na primeira de muitas obras de beneficiação desta verdadeira pedra-basilar da vida estudantil na Faculdade de Medicina.
Durante a década de 90 assiste-se também ao início de algumas daquelas que viriam a ser as atividades mais emblemáticas da AEFML. Em 1994 organizam-se tanto as primeiras Olimpíadas da Medicina (então no Estádio Universitário de Lisboa) como a primeira edição do Sarau Cultural com o nome e estrutura que lhe conhecemos. Um ano mais tarde os estudantes voltam-se para a formação, organizando o primeiro Seminário de Saídas Profissionais em 1995, e um programa local de Estágios Clínicos de Urgência.
A própria FMUL continua o seu processo de atualização curricular, introduzindo em 1995/1996 o tronco de disciplinas opcionais e iniciando uma série de mudanças em todas as disciplinas integrando uma perspetiva holística da saúde centrada no paciente. A nível nacional assiste-se à Revisão do Internato Geral e Internato Complementar, criando-se o 6.º ano profissionalizante como o conhecemos hoje. Neste contexto, a AEFML faz saber a sua oposição, defendendo que a reforma do ensino pós-graduado apenas seria aceitável se acompanhada de reforma do ensinso pré-graduado, e sustentando ainda que as valências do estágio não se poderiam reduzir a Medicina Interna e Clínica Geral. Ambos pontos alvo de contestação vêm a ser revistos, comprovando-se a enorme eficácia e potencialidade da intervenção estudantil.
2000
Esta é a década que vê nascer as novas escolas médicas do país, sediadas em Braga, Covilhã, Faro e Aveiro. A AEFML acompanha de perto as alterações no panoramada educativo e profissional que este facto vem trazer, participando ativamente nas Assembleias-gerais da ANEM (Associação Nacional de Estudantes de Medicina).
Na viragem do milénio a FMUL assiste pela primeira vez desde a introdução dos numerus clausus em 1977 a um aumento acentuado do seu número de alunos . A própria AEFML vê-se obrigada a acompanhar este aumento na escala das suas atividades. De particular destaque a expansão dos projetos de intercâmbio internacional científico e clínico, passando a AEFML a ser a Associação que mais estudantes recebe e envia do país, num total muito superior a uma centena de alunos por ano nos finais da década.
Em Março de 2002 é editado o primeiro volume da revista Ressonância, a publicação oficial da Associação, que acompanha o alucinante ritmo de evolução tecnológica da década passando a ser distribuída em formato digital a partir de 2010.
Em 2003 assiste-se ao nascimento de uma iniciativa que ficaria para a história: o primeiro Hospital dos Pequeninos realizado em Portugal. Através de um jogo de representação, esta iniciativa pretende reduzir a ansiedade que as crianças sentem quando confrontadas com um profissional de saúde, ao mesmo tempo que se proporciona uma atividade de aprendizagem sobre noções básicas de saúde. Em Outubro do mesmo ano, a muito acarinhada Noite da Medicina abandona pela primeira vez em 3 décadas a Sala de Alunos, sendo transferida para o Auditório da FMDUL. Em 2005 é novamente mudada, desta feita para a Aula Magna da Universidade de Lisboa, e a partir de 2008 passa a realizar-se no Coliseu dos Recreios de Lisboa, regressando enfim às origens na Rua das Portas de Santo Antão, onde se havia estreado, no Teatro Politeama em 1929.
Em 2004 assiste-se à assinatura do protocolo entre a FMUL e a Universidade da Madeira (UMa), bem como à inauguração do Edifício Egas Moniz, como forma de resposta à quase duplicação do número de alunos de um total de 1200 no início da década para 2200 no seu final. Em 2007 dá-se a implementação do processo de Bolonha e inicia-se a reforma curricular que transformaria a Licenciatura num Mestrado Integrado em Medicina. Inicia-se igualmente uma longa luta estudantil por um ensino clínico de qualidade, com várias das disciplinas clínicas grandemente afetadas por sobrelotação nas aulas práticas, registando-se os piores ratios tutor-aluno nas disciplinas de Pediatria II e Imagiologia.
Em 2008 é criado o 10.° e último departamento da AEFML, o departamento de Direitos Humanos, Ação Social e Ecologia. No mesmo ano reorganizam-se as palestras, até então dispersas, num novo conceito: o Ciclo de Palestras AEFML. Após uma fase no início da década de negociações sem sucesso para a construção de um novo edifício nos terrenos que seriam mais tarde cedidos ao edifício Câmara Pestana, a Associação volta-se para outras alternativas, iniciando obras profundas de reorganização e requalificação de todos os seus espaços, que atravessariam a década seguinte.
2010
Com a sua estrutura interna de departamentos e secções bem definida e consolidada, e com um plano anual de atividades consolidado e com estatuto de ‘imperdível’ entre os estudantes, a AEFML continua o processo de requalificação das suas instalações. Em 2010 renova a Sala de Direção e a Sala Multiusos, e inaugura a Sala Informática. Em 2011 inaugura a Sala de Estudo Eduardo Coelho, instalações sanitárias na sede da AEFML, e ainda novos espaços de lazer no antigo palco da Sala de Alunos, cujas instalações sanitárias viriam a ser igualmente renovadas em 2012. Nesse mesmo ano procede-se à renovação da Secção Editorial, abrindo-a literalmente à comunidade académica e hospitalar.
Esta é também a década em que, após completar 1 século de existência, a Universidade de Lisboa cresce e passa a uma nova fase, com a fusão das Universidades Clássica e Técnica de Lisboa, sendo a AEFML líder entre as organizações estudantis no decorrer desse processo.