Patrícia Martins | BASQUETEBOL
Como iniciaste o teu percurso no basquetebol? Já tinhas praticado algum desporto antes?
Iniciei o meu percurso no basquetebol por volta dos 10 anos. Na altura decidi experimentar porque era um desporto muito presente na minha família: o meu pai tinha jogado quando era mais novo e o meu irmão jogava. Lembro-me de ir ver algumas das concentrações de minibasket do meu irmão e de certa forma cativou-me. Antes do basket nunca tinha praticado outro desporto, somente dança clássica e contemporânea.
Qual consideras ser o teu maior marco no mundo do desporto?
No mundo do desporto o meu maior marco foi ter sido Campeã Nacional da 1ª divisão pelo Carnide Clube.
Contudo considero que existiram outros momentos, enquanto jogadora do meu clube do coração, CDTN (Clube Desportivo de Torres Novas), que marcaram muito a minha vivência no basquetebol nomeadamente a primeira vez que fui Campeã Distrital (em sub-14), a primeira vez que a minha equipa se apurou para um Campeonato Nacional, a primeira vez que fui às “Festas de Basquetebol” representar a seleção de Santarém e o meu primeiro ano como jogadora da Liga Feminina.
De que modo é que a pandemia que atualmente vivemos está a afetar a tua rotina de treino e a tua vida enquanto atleta?
Este ano estou a jogar pela ESA (Escola Secundária da Amadora) e neste momento temos conseguido manter os treinos semanais. Relativamente ao campeonato já fizemos alguns jogos, no entanto, na minha opinião, é o que está a ser mais afetado pela pandemia. Não só pela questão de cancelamento de jogos e ficarmos grandes períodos de tempo sem jogar mas também pela ausência de público. Um pavilhão sem público e sem o apoio das pessoas da casa, é um pavilhão sem vida.
Como é habitualmente a tua rotina de treino/quantas vezes treinas por semana?
Treino sempre 3 vezes por semana, por vezes chego a treinar as 4, a partir das 20h.
Quais consideras serem as maiores dificuldades na conciliação do desporto de alta competição e a Universidade?
Na minha opinião as maiores dificuldades na conciliação do desporto de alta competição e a Universidade são a falta de tempo e de motivação e o desgaste físico e mental.
Por um lado, é lógico que num curso superior, com alguma carga horária e com a necessidade de estudo constante, deixamos de ter o tempo que tínhamos para a prática desportiva. Desta forma, ao treinarmos menos vezes do que o habitual começamos a sentir uma diminuição da nossa performance o que a certo ponto nos vai desmotivando.
Por outro lado, o facto de haver sempre a mesma rotina de aulas-estudo-treino, o que por vezes implica acordar cedo e deitar um pouco mais tarde, vai acabando por nos desgastar não só física mas também psicologicamente.
Que conselhos darias a um colega para que se tornasse mais fácil conciliar a vida desportiva com a vida académica?
Acho que neste ponto da vida, é importante estabelecermos bem as nossas prioridades e gerirmos as nossas expectativas. Contudo creio que é possível conciliar ambas as coisas, apenas há que saber gerir bem o tempo e acima de tudo não desmotivar. Acredito que quando uma pessoa quer, uma pessoa consegue!
Queres partilhar algum exemplo de um plano de treino simples para fazer em casa?
Se tiver que treinar em casa geralmente faço:
- exercícios de aquecimento (corrida lenta, skipping, entre outros)
- exercícios localizados (pernas ou braços e abdominais)
- exercícios de técnica individual (drible ou lançamento)
- corrida rápida
- alongamentos