Platónico
De mim se desprende o coração
Ao não te ter comigo no leito, em cada luar
Voltas dou em torno de mim
Só para nos meus sonhos, te poder encontrar.
Ao fechar os olhos, já te consegui imaginar...
O sabor dos teus beijos, a textura da tua pele
Ah! O absoluto do teu olhar...
Na minha mente tu moras, no meu corpo tens onde pousar, és a âncora dos meus dias, o esqueleto que em mim se faz moldar.
Escrevo palavras, que por si só não são nada, mas quando em ti penso, logo elas me privam do ar...
Como estático fica o meu ser, ao ver-te pela porta entrar.
Furto
Pulsa,
Instável
E apertado
O teu coração, nas minhas mãos.
Suadas, por entre elas escorres, por entre elas és meu.
Geme, vibra, sente, este órgão que não é mais teu, mas que em mim vive.
Autoria: Pedro Rainho
Edição de Imagem: Catarina Simões